Servidores da FCecon lamentam morte do patologista José de Ribamar Araújo
“Amigo dos pacientes, amava o próximo, não tinha vaidade, trabalhava muito com o objetivo de ajudar as pessoas”. Essas são algumas das definições dadas por amigos e companheiros de trabalho do médico patologista José de Ribamar Araújo, que faleceu no último domingo (23), acometido de um câncer de pâncreas. José Ribamar atuou durante oito anos como patologista voluntário da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), liberando os laudos antigos e de peças complexas.
Amigos e companheiros de trabalho do patologista contam que José de Ribamar deixou saudades e boas lembranças como pessoa e profissional. Em seus últimos anos de vida, trabalhou como voluntário do Laboratório de Anatomia Patológica da FCecon, como afirmou a subgerente do serviço, Arlene Machado de Souza.
“Ele brincava! Dizia que trabalhava apenas pelo almoço. Era sempre sensível com a situação do paciente, acompanhava do laudo das lâminas para a biópsia até verificava se o paciente estava fazendo o tratamento. Lembro também que trabalhando no Hospital Tropical, ele deixou um frasco de ácido cair, escorregou e ficou com as costas feridas. Após ter recebido alta e o médico alertado para ele permanecer em casa em repouso devido aos curativos, saiu de casa e veio trabalhar. Para ele, o paciente era o mais importante”, lembrou Arlene Souza.
Conforme o servidor da FCecon, José Muniz da Silva, ele era um homem bom. “O doutor Ribamar era comprometido com o bem, ajudou a formar vários médicos que hoje trabalham no hospital. Era amigo dos pacientes. As festas para ele tinham que ser surpresas porque não gostava de ser homenageado”.
Para a servidora Rosilene Vieira, José de Ribamar foi uma pessoa que sempre trabalhou muito. “Sempre tentando ajudar as pessoas. Vai fazer falta”.
José de Ribamar Araújo – Atuou como docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde ministrou disciplinas em Anatomia Patológica e Patologia Clínica. Também atuou na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Medicina Tropical.
Na Ufam, juntamente com as professoras e também médicas Neila Falcone e Maria José Castilho, foi responsável por elaborar o ante-projeto de instalação da Residência Médica, em cooperação com a Universidade de São Paulo (USP), no fim dos anos de 1970.
Foto página principal: Edson Andrade