Serviço de Radioterapia da FCecon passará por ampliação
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União, o resultado da licitação para a contratação da empresa que executará a ampliação do Serviço de Radioterapia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam). A expectativa é que a obra de expansão do serviço, orçada em R$ 2,7 milhões, inicie nos próximos dois meses, informou o diretor-presidente da instituição, cirurgião Marco Antônio Ricci.
A empresa Eletron Engenharia LTDA. foi a vencedora da licitação pelo critério de menor preço. O investimento, segundo Ricci é oriundo do Governo Federal, e a ação faz parte de um programa nacional com o objetivo de ampliar a rede de tratamento oncológico em todo o País. O Amazonas, um dos estados da Federação contemplados com a medida, receberá um aparelho de ponta para radioterapia, denominado Acelerador Linear. “Hoje, a FCecon já tem um Acelerador Linear adquirido pelo Governo do Estado e que foi transportado no último fim de semana para a Casamata, espaço com reforço de concreto construído exclusivamente para abrigá-lo. Ele pesa cerca de duas toneladas e acaba de ser montado no hospital. A expectativa é que, após a avaliação dos órgãos regulamentadores e de fiscalização, tanto a obra quanto o aparelho já calibrado para o funcionamento sejam inaugurados em junho deste ano”, destacou o diretor.
Ricci explica que com a chegada de mais um equipamento doado pelo Governo Federal, prevista para 2017, a Fundação, considerada o hospital de referência no diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental, ampliará a oferta de radioterapia através da tecnologia de ponta e estará preparada para absorver a demanda crescente futura. “Só em 2015, contabilizamos 55,2 mil procedimentos de radioterapia, uma média de 4,6 mil ao mês. É um número bastante expressivo, considerando que atendemos aqui pacientes oriundos de estados vizinhos, como Roraima, Rondônia e Pará, e até de países fronteiriços”, destacou.
O diretor-presidente explica que a tecnologia agrega valor ao serviço, pois reduz o campo atingido pela radiação, focando diretamente no tumor cancerígeno. “Na prática, o aparelho tem se mostrado bastante eficaz em outras unidades de saúde do País, suavizando alguns efeitos colaterais inerentes ao tratamento radioterápico e melhorando a qualidade de vida do paciente oncológico”, afirmou.
Governo Federal
Sobre o programa de expansão do tratamento oncológico coordenado pelo Ministério da Saúde, o diretor ressalta que a nova obra a ser iniciada na FCecon será de responsabilidade do Governo Federal, sem ônus ao Estado. O mesmo se aplica à aquisição do aparelho que será destinado à unidade no próximo ano, conforme previsão inicial baseada em cronograma. “O pré-requisito para o início da obra é a conclusão da Casamata, em andamento atualmente no terreno da Fundação. Mas, a partir de um esforço pessoal do Secretário de Saúde, Pedro Elias de Souza, conseguimos êxito na antecipação do processo licitatório. Isso só foi possível porque ele esteve pessoalmente em Brasília, no início do ano, pleiteando celeridade na ação”.