Pacientes transferidas para o Rio de Janeiro realizam primeira consulta na FCecon após retorno a Manaus

Seis pacientes com câncer de mama que foram transferidas da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), no último dia 23 de fevereiro, para passar por procedimentos cirúrgicos, realizaram nesta segunda-feira (08/03) a primeira consulta de pós-operatório na Fundação após retornarem à capital amazonense.

O grupo realizou os procedimentos entre os dias 25 e 26 de fevereiro, no Hospital de Câncer 3, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), uma das principais unidades de referência oncológica no Brasil. A ação foi resultado de uma parceria entre o Governo do Amazonas, Força Aérea Brasileira (FAB), Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), FCecon, Governo Federal e Inca. Ao todo, foram transferidas 22 mulheres entre os dias 29 de janeiro e 23 de fevereiro.

“É o último grupo que está retornando, todas muito bem. As cirurgias ocorreram sem nenhum problema, tudo certo. Conseguimos operar essas pacientes sem atraso no tratamento delas, que é o mais importante quando se fala em tratamento oncológico, em que o tempo é o fator determinante”, avalia a médica responsável pelo serviço de mastologia da FCecon, Hilka Espírito Santo.

No Inca, as pacientes passaram por cirurgias conservadoras e de mastectomia, que consiste na retirada total da mama. O tratamento, que teve início na FCecon, continuará sendo assistido pela equipe médica da Fundação nessa etapa pós-cirúrgica até a alta clínica. Segundo Hilka, a consulta realizada nesta segunda-feira tem como objetivo avaliar e orientar.

“Todo mundo que faz a cirurgia de mastectomia ou cirurgia conservadora, elas utilizam um dreno, a gente vai ver o funcionamento desse dreno, que é importante no pós-operatório, e dar as orientações daqui para frente de como elas devem proceder”, explica a especialista.

Paciente – Aos 37 anos de idade, Jordana Fernandes é a mais jovem do grupo transferido para o Rio de Janeiro. Ela revela que luta contra a doença há pouco menos de um ano, algo que surgiu como uma surpresa inesperada em sua vida. Com o tumor em estágio avançado, foram necessárias inúmeras sessões de quimioterapia antes da oportunidade de retirar as mamas na capital carioca surgir. Para ela, o processo simboliza um novo começo.

“Para a gente também foi uma oportunidade de sair do nosso estado para ir a um outro, para fazer a nossa cirurgia. É um recomeço, é uma vitória na verdade. Ainda não acabou a luta, mas a gente está caminhando para ela, para a cura desse mal”, celebra.

 

Texto: Secom

Fotos: Lucas Silva/Secom