FCecon amplia em 50% oferta de radioterapia
A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), acaba de ampliar em 50% a oferta de tratamento de radioterapia que, junto com a quimioterapia, constitui o principal tratamento para o câncer. A oferta de atendimento está saltando dos atuais 200 pacientes por dia para 300, zerando a fila, nos próximos dias, quando a instituição vai entregar o setor de radioterapia ampliado, com um novo acelerador linear recém-implantado.
A ampliação está sendo realizada em parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Saúde, por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) – instituído pela Portaria GM/MS nº 931/2012. Foram investidos R$ 4,7 milhões na compra do equipamento e na implantação do bunker – estrutura de concreto construída no subsolo da unidade, para resistir à radiação, local onde o aparelho está instalado.
Em junho desse ano, a FCecon recebeu o licenciamento ambiental e sanitário para o Serviço de Radioterapia da instituição, restando apenas a vistoria técnica do MS, que deve acontecer nos próximos dias, para que a obra seja entregue à população.
Investimento recorde – No governo Wilson Lima, a FCecon recebeu volume recorde de investimentos. No primeiro semestre de 2019, a instituição recebeu mais de R$ 40,1 milhões em recursos, 20% a mais que no mesmo período em 2018. É o maior volume de recursos aplicado na instituição nos últimos nove anos.
Os valores foram investidos na compra de quimioterápicos de alto custo, aquisição de insumos e manutenção geral da unidade, que é referência no tratamento do câncer na região Norte. Isso proporcionou a recuperação do estoque da farmácia da unidade, que no início do ano estava crítico, proporcionando mais agilidade no tratamento quimioterápico. O tempo hoje é de 24 horas após a consulta com o médico que irá prescrever o tratamento na FCecon.
Por dia, o Serviço de Quimioterapia da FCecon atende, em média, 70 pacientes.
Além dos R$ 40 milhões já injetados, outros R$ 30,8 milhões estão empenhados para garantir um planejamento eficaz à renovação do estoque, continuidade de cirurgias e atendimentos em radioterapia.
Otimização de recursos – A FCecon também tem implantado projetos para otimizar o investimento. É o caso da Farmácia Satélite, que permitiu a redução de 77,32% no gasto com medicamentos utilizados em cirurgias este ano, em relação ao ano passado.
Desafios – Na última quinta-feira (22/08), o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, reuniu-se com a gestão da FCecon para tratar dos desafios da unidade, que atende pacientes com câncer do Amazonas e de outros oito estados do Norte e Nordeste, e também de países vizinhos.
O Planejamento feito para a unidade pretende colocá-la para funcionar com 100% de sua capacidade plena em breve. Com o maior volume de repasses, a unidade está recuperando equipamentos que estavam parados, como os de exames de colonoscopia, que já voltou a funcionar, e o de broncoscopia, que volta na segunda-feira (26/08). O parque de imagem também passa por manutenção de equipamentos.
Recursos de emendas parlamentares também devem ajudar o governo nesse sentido, principalmente porque, do orçamento deixado pelo governo passado para este ano, sobra muito pouco para investimentos. Quase tudo é destinado para custeio.
“Estamos fazendo um estudo para avaliar os custos das nossas unidades em relação à produtividade. Isso vai nos dar a base para mostrar onde precisamos melhorar na qualidade do investimento, porque a gente percebeu que em algumas áreas se gasta muito e se produz pouco. Estamos buscando o equilíbrio para melhorar o serviço à população”, disse o secretário de Saúde.
Um dos exemplos citados é o número de plantões contratados para cirurgias, que estão com número muito elevado em relação à quantidade de procedimentos realizados.