FCecon alerta que câncer de intestino está ligado a hábitos de vida
Maus hábitos de vida têm relação direta com o câncer de intestino, também conhecido como colorretal (cólon e reto). O alerta da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) é feito pelo médico cirurgião do aparelho digestivo Sidney Chalub. O Estado deve registrar, em 2023, 300 casos da doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde.
Para conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) criou a campanha Setembro Verde. O alerta ocorre em todo o Brasil, que deve registrar, somente neste ano, 45,6 mil casos de câncer de intestino, segundo o Inca.
“O câncer colorretal é um câncer que tem aumentado muito a incidência. É a terceira causa de câncer no mundo. Está muito relacionado com hábitos de vida. Pessoas que são obesas, sedentárias e pessoas que não comem fibra tendem a desenvolver esse câncer”, disse Sidney Chalub.
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de desenvolver esse câncer.
Sintomas
Os sintomas mais frequentes são: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre); dor, cólica ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); e massa abdominal.
Se o usuário apresenta um desses sintomas, deve procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Diagnóstico precoce
O exame de sangue oculto nas fezes é um dos exames iniciais para o rastreio da doença. Em caso positivo, o usuário passará pela colonoscopia, exame endoscópico feito pelo reto.
“Com este exame vamos diagnosticar não só o câncer, mas algumas lesões pré-malignas, como os pólipos. Vamos nos conscientizar que é um câncer tratável e curável quando diagnosticado precocemente”, diz Sidney Chalub.
Dicas
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física e ter uma alimentação rica em fibras, com alimentos naturais e minimamente processados, são formas de evitar o desenvolvimento do câncer colorretal.
Orienta-se a comer frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões, grãos e sementes e evitar carnes processadas, como salsicha, linguiça e presunto. Recomenda-se limitar o consumo de carnes vermelhas em até 500 gramas de carne cozida por semana.
Tratamento
O paciente diagnosticado com câncer é tratado, na rede pública, na Fundação Cecon, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). A terapia escolhida pode ser cirúrgica, quimioterápica ou radioterápica, e vai depender do grau e tipo de tumor.
Texto e fotos: Laís Pompeu/FCecon