Crianças internadas na FCecon recebem aulas de reforço durante tratamento
As crianças atendidas na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), estão recebendo reforço escolar durante o tratamento. O projeto, denominado “Pedagogia Hospitalar”, é desenvolvido em parceria com a Faculdade Estácio. O objetivo é deixar o ambiente hospitalar humanizado e contribuir com o desenvolvimento intelectual dos pacientes.
De acordo com o diretor-presidente da FCecon, Marco Antônio Ricci, o projeto faz parte de um trabalho desenvolvido pela Fundação e parceiros para a ampliação da Política Nacional de Humanização (PNH) no âmbito da instituição, que hoje é considerada referência no diagnóstico e tratamento do câncer em toda a Amazônia Ocidental.
Através de atividades pedagógicas e aulas de reforço realizadas na brinquedoteca e nos leitos do hospital, as crianças aprendem e exercitam os conhecimentos, mesmo estando em um ambiente hospitalar e sem poder frequentar a escola.
Segundo a professora e orientadora do projeto, Inalda Martins, o atendimento dado às crianças é individualizado e segue uma linha pedagógica, respeitando limites e condições de cada aluno. Os estudantes do curso de Pedagogia que fazem parte do projeto visitam as crianças de segunda a sexta-feira, criando uma rotina que é benéfica para as crianças. “Os pacientes que fazem tratamento contra o câncer sentem-se muito sozinhos, porque perdem o convívio diário com os amigos da escola, do bairro. Manter essa rotina de estudo, mesmo no período de internação, auxilia na autoestima e, consequentemente, na recuperação da criança”, disse.
Ela explica que, no caso das crianças que frequentavam a escola antes do início do tratamento, os professores enviam pelos pais as atividades para serem aplicadas com os pacientes. “Durante o reforço são trabalhadas todas as disciplinas”, explica a pedagoga.
Já no caso das crianças que deveriam estar cursando a educação infantil, os alunos de Pedagogia realizam brincadeiras, encenação teatral e leitura de histórias. “Não são simplesmente brincadeiras para passar o tempo. Todas as atividades são pensadas para ajudar no desenvolvimento pedagógico do paciente”, acrescentou.
A coordenadora ressalta que, além de colaborar com o desenvolvimento intelectual, o projeto consegue fazer com que as crianças em tratamento não sintam-se presas no ambiente hospitalar. “Esses pacientes passam por diversos procedimentos médicos e, devido à internação, não podem frequentar a escola. Nosso papel é fazer com que sintam-se acolhidos”, enfatizou.