Arraial pediátrico reforça ações em humanização na FCecon

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Como parte das ações de fortalecimento da Política Nacional de Humanização (PNH) na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), a instituição realizou, nesta sexta-feira, 1, seu primeiro Arraial Pediátrico, que contou com a presença de pacientes, pais e profissionais do hospital. Segundo o diretor-presidente da Fundação, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, além de reforçar o vínculo entre eles, o evento teve por objetivo desenvolver atividades lúdicas, com apresentações musicais, teatrais, pedagógicas e distribuição de brinquedos e lanches. “A ideia é promover a integração entre os nossos usuários e profissionais, com foco principal na melhoria assistencial”.

Cerca de 60 pessoas participaram, entre crianças e adolescentes internados nas enfermarias da FCecon, em tratamento de leucemias na Fundação Hospital de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Fhemoam), e pacientes oncológicos auxiliados pelo Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc). Reforçaram a atividade as acadêmicas do curso de pedagogia da Faculdade Estácio, que desenvolvem o projeto “Pedagogia Hospitalar” no âmbito da instituição, e voluntários do grupo de animação hospitalar Rei David, vinculado à ONG Rede Feminina de Combate ao Câncer.

O evento iniciou às 9h e seguiu até às 14h, com distribuição de lanches e brindes doados por funcionários do hospital e acadêmicos voluntários, além de brincadeiras musicais, pescaria e muita diversão. Os pacientes também tiveram a oportunidade do contato direto com a tocha olímpica, trazida pela psicopedagoga voluntária atuante na FCecon há cinco anos, Rose Mary Veiga Britto, uma das participantes do revezamento ocorrido no início do mês na capital amazonense.

Para a gerente de enfermagem da FCecon, Almira do Nascimento Silva, iniciativas como essa contribuem para a recuperação dos pacientes pediátricos, pois tornam o ambiente mais acolhedor, fazendo com que as crianças e adolescentes se familiarizem com o hospital, seu corpo técnico e colaboradores. “Observamos que as crianças são muito participativas. O câncer é uma doença cujo tratamento leva um tempo significativo e, por isso, os pacientes ficam ociosos em algumas etapas, em especial na internação e durante a infusão de medicamentos quimioterápicos. Essas atividades acabam estimulando-os, elevando a confiança na terapia e, consequentemente, auxiliando no tratamento e na recuperação”, ressaltou.

A dona de casa Lilian Carla Almeida Mota, mãe de uma paciente de 12 anos – cinco deles dedicados ao tratamento oncológico -, explica que quando há eventos na pediatria, o ambiente fica mais leve e descontraído. “Nós, mães, nos sentimos aliviadas quando participamos dessas atividades. É uma forma de alegrar nossas crianças e de sentirmos que temos o apoio do hospital nessa luta diária que é o câncer”, comentou. Moradora do Pará, estado responsável por cerca de 15% da demanda atendida pela FCecon, ela ressalta que buscou tratamento na fundação por ser um hospital de referência. Nos últimos anos, a filha, portadora de habdomiossarcoma, um tipo de câncer muscular comum em crianças, já passou por cirurgia e quimioterapia gratuitamente – este último retomado recentemente. “Temos muita esperança que o tratamento dela dê certo e que ela se recupere o mais rápido possível”.

FOTOS: COMUNICAÇÃO / FCECON – NATHALIE BRASIL/SECOM

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