Residência Médica da FCecon forma profissionais em diversas especialidades
A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) formou, nesta terça-feira, 1, quatro novos especialistas na área médica, sendo dois deles os primeiros profissionais de mastologia especializados em uma unidade estadual. O Programa de Residência Médica da instituição, implantado há 12 anos, já inseriu no mercado 40 especialistas, se consolidando como importante ferramenta de fortalecimento e construção da rede de assistência no Amazonas, ressaltou o diretor-presidente da Fundação, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci. Atualmente, 22 médicos participam dos seis cursos oferecidos pela unidade, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam).
Uma cerimônia simbólica ocorrida durante a manhã, no auditório da FCecon – avenida Francisco Orellana, Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus -, marcou a formação dos residentes de segundo e terceiro anos dos cursos de mastologia (Bruno Monção Paolino e Agnaldo Barroso), cirurgia de cabeça e pescoço (Fábio Bindá) e de cirurgia oncológica (Marcelo Henrique dos Santos). Parte deles passará a integrar a rede assistencial no Estado, como é o caso do cirurgião Fábio Bindá, absorvido pela própria Fundação.
A ocasião serviu também para dar as boas-vindas aos outros nove residentes que passaram a fazer parte do programa, inscritos nos cursos de Anestesiologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Radiologia, Mastologia e Diagnóstico por Imagem – as duas últimas lançadas de forma inédita no Amazonas. Além deles, a FCecon oferta anualmente vagas em Cancerologia Oncológica e Cancerologia Clínica. Os novos médicos residentes são: Newryane Camara Brandão Ramos, Thaiza Maria Oliveira da Camara Lima, Tatiana Valois C. Barroso, Fernando Henrique Ribeiro Correa, Danilo Takemura Celloni, Fernando André Martins Ferreira, Mário Sérgio Moraes Pinto, Ana Cristina da Silva Prado e Kátia Batista de Oliveira.
Para o diretor-presidente da FCecon, cirurgião Marco Antônio Ricci, o status de unidade de referência no diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental, tem contribuído para que os profissionais que recebem capacitação na instituição, sejam reconhecidos em outras regiões brasileiras. Ele cita como exemplo o recém-formado em cirurgia oncológica Marcelo Henrique dos Santos, que foi selecionado em 2016 para a única vaga no curso de pós-graduação em cirurgia ginecológica oncológica minimamente invasiva no Hospital de Barretos, em São Paulo. O processo seletivo foi baseado em prova prática, entrevista e análise curricular.
Ele destaca, ainda, que enquanto unidade do SUS, a Fundação tem investido na capacitação profissional, lançando nos últimos anos, uma série de novas residências que permitem que os clínicos gerais formados no Estado, não precisem se deslocar para outras regiões, em busca de aperfeiçoamento nas áreas almejadas.
A diretora de Ensino e Pesquisa, Kátia Luz Torres, destaca os investimentos em programas nas duas áreas, que objetivam, sobretudo, transformar a unidade em um hospital-escola. Um deles é o Paic (Programa de Apoio à Iniciação Científica), que recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e que conta, atualmente, com mais de 40 alunos de graduação de variadas universidades amazonenses. O programa ensejou o ingresso de duas alunas nos cursos de residência da Fundação Cecon.
“A formação de novos especialistas representa a dimensão e a importância da FCecon para o Amazonas. A equipe que atua na preceptoria tem conduzido esses profissionais à busca pela excelência técnica, estimulando-os a participar de programas internos em unidades de referência em todo o Brasil, com o objetivo de ampliar a capacitação”, explicou a diretora de Ensino e Pesquisa, Kátia Luz Torres.
De acordo com ela, um dos pontos trabalhados durante a residência médica é o desenvolvimento do lado humanístico e da sensibilidade no trato do paciente oncológico, que ao dar entrada na Fundação, geralmente, encontra-se em situação vulnerável, característica iminente ao câncer. “Com o grande volume de pacientes que recebemos diariamente no hospital, a humanização acaba se tornando essencial e desafiadora”, destacou.