Marco Ricci toma posse como diretor-presidente da FCecon
O cirurgião Marco Antônio Ricci tomou posse, no último dia 13 de janeiro, como novo diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon). Ele substituiu o pneumologista Edson Andrade, que esteve à frente da instituição nos últimos cinco anos. A transmissão de cargo ocorreu durante uma rápida solenidade no auditório da instituição, que contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, do coordenador geral do Comitê Estratégico de Acompanhamento de Gestão do Governo, Evandro Melo, além dos servidores da Fundação.
“A Fundação Cecon, pelo seu papel estratégico de unidade que atua como a principal referência para o diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental, merece um tratamento prioritário no programa de reestruturação da rede estadual de saúde, que está em andamento”, disse o secretário Pedro Elias de Souza.
Ele agradeceu e destacou o trabalho feito por Edson Andrade durante os últimos cinco anos, afirmou que a troca no comando da instituição deve ser encarada como um processo natural e reiterou que Marco Ricci terá a tarefa de auxiliar o Governo do Estado na implementação de um novo modelo de gestão na FCecon, cujas bases estão em fase final de estudo. O Governo do Estado avalia a possibilidade de colocar a gestão da FCecon sob a responsabilidade de uma Organização Social (OS), a fim de garantir mais agilidade nos processos, otimizar os fluxos de atendimento, entre outros aspectos.
Edson Andrade apresentou um balanço de sua gestão, informando que no consolidado dos últimos cinco anos (2011-2015), a FCecon registrou um aumento de 20% no número de atendimentos, comparado com o quinquênio anterior. Entre 2006 e 2010, a unidade realizou 3,7 milhões de atendimentos e exames, número que saltou para 4,6 milhões nos cinco anos subsequentes. No ano passado, foram 986,3 mil procedimentos, com destaque para 2,1 mil cirurgias oncológicas, 55,2 mil sessões de radioterapia e 12,6 mil de quimioterapia.
Ensino e pesquisa – Andrade também fez questão de destacar avanços na área de Ensino e Pesquisa, que também integram, com a área de Assistência, o perfil da instituição. “Nos últimos cinco anos registramos 263 mil pesquisas voltadas para a oncologia, envolvendo as mais diversas áreas do conhecimento, um grande número delas divulgadas em publicações nacionais de renome”, disse Andrade.
Em termos de infraestrutura de atendimento, ele destacou a implantação de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, que ampliou o acesso de crianças e adolescentes ao tratamento dos mais diversos tipos de cânceres pediátricos, ampliação da UTI para pacientes adultos e também da área de emergência. Andrade ressaltou que o projeto de implantação da primeira Sala Inteligente da Região Norte, espaço com tecnologia de ponta, que permitirá a realização de forma permanente de cirurgias laparoscópicas minimamente invasivas, também está praticamente finalizado, faltando apenas a adaptação do auditório onde os acadêmicos de saúde e médicos poderão assistir, em tempo real, o andamento das cirurgias.
Ampliação de atendimentos e procedimentos – Marco Ricci, por sua vez, afirmou que seu compromisso é trabalhar muito para que a política de atenção oncológica do estado continue seu processo de modernização, com ampliação do número de cirurgias e da oferta de radioterapia na unidade, bem como da capacidade da atendimento do serviço de Patologia, na instituição. “Na área de radioterapia, uma prioridade é a implantação do acelerador linear. O projeto vai duplicar a capacidade de realização de sessões de radioterapia. O equipamento já está na unidade e a casamata (ambiente adequado para recebê-lo) está concluída, faltando apenas a climatização do local”, ressaltou.
Ricci é oncologista e já faz parte do corpo clínico da FCecon há 10 anos. Até ser convidado para assumir a direção da unidade, era chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica da instituição. Em seu discurso de posse, ele lembrou que entrou para a instituição como voluntário e que deve a ela todo o seu processo de aprimoramento profissional. Recentemente, uma equipe liderada por ele ganhou projeção nacional, com procedimentos cirúrgicos inéditos, que foram relatados em publicação da revista anual do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
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