Outubro Rosa leva informações sobre fatores de risco às detentas de Manaus
Como parte da programação da campanha Outubro Rosa, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) realizou, na última quarta-feira (14), uma atividade educativa na Unidade Prisional de Regime Semiaberto Feminina, na rua Codajás, Cachoeirinha, zona Sul da capital. Durante este mês, mais de 30 ações estão programadas para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, destacou o diretor-presidente da FCecon, pneumologista Edson de Oliveira Andrade.
Na ocasião da visita à Unidade Prisional, membros do Departamento de Prevenção e Controle do Câncer (DPCC) da unidade hospitalar, entregaram às condenadas kits com material informativo, explicando o quê são e quais são os fatores de risco dos cânceres de mama e colo uterino, os dois tipos da doença de maior incidência entre as mulheres amazonenses e que são abordados durante o movimento, que acontece simultaneamente em todo o mundo, este mês.
Cerca de 40 mulheres assistiram às palestras ministradas pela presidente da ONG Rede Feminina de Combate ao Câncer e chefe do DPCC, enfermeira Marília Muniz, e pela professora-coordenadora do projeto “Depois das grades e apesar delas: saúde como caminho da liberdade em mulheres do semiaberto”, do Setor de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Cecília Freitas. De acordo com Marília Muniz, as palestras estiveram voltadas à importância da prevenção e do diagnóstico precoce, reforçando as ações que podem salvar vidas quando se trata do câncer.
“O principal objetivo é a conscientização. Essa atividade foi realizada em parceria com a Ufam porque a instituição já desenvolve algo voltado à saúde, ao longo do ano, e no mês de outubro, esse trabalho é intensificado. Queremos chamar a atenção para os fatores de risco, principalmente para a questão da multiparceria, que facilita a transmissão do HPV, vírus responsável, na maioria dos casos, pelo desenvolvimento do câncer de colo uterino. Também alertamos para o fator hereditário e os cuidados que as mulheres que têm histórico de câncer na família devem ter, através da realização dos exames de rotina, como é o caso da mamografia e do Papanicolau (preventivo)”, explicou.
Conforme a enfermeira, as condenadas terão a oportunidade de tirar dúvidas após as palestras e informarem-se sobre como podem passar pelos exames e em qual intervalo de tempo, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.