Câncer de bexiga: urologista da FCecon destaca o impacto tabagismo como principal fator de risco

Visando alertar o malefício do tabagismo para várias doenças, o urologista André Mancini, que atua na Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), explica a relação do cigarro como principal fator de risco do câncer de bexiga.

O tabagismo afeta a saúde da bexiga de várias maneiras. Primeiramente, os produtos químicos presentes no tabaco são filtrados pelos rins e excretados na urina, o que irrita a mucosa da bexiga. Isso pode causar inflamação crônica e danos aos tecidos da bexiga. Além disso, esses elementos carcinogênicos aumentam o risco de mutações genéticas que podem levar ao câncer de bexiga.

Segundo o especialista, os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa. O médico ressalta a importância de buscar um especialista em urologia caso os sintomas persistam. Essa avaliação adequada é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado

“Os primeiros sinais precoces do câncer de bexiga podem variar, mas os sintomas mais comuns incluem presença de sangue na urina (hematúria), que pode ser microscópica (detectada apenas em exames laboratoriais) ou macroscópica (sangue visível a olho nu no vaso sanitário), além de dor ao urinar, necessidade frequente e urgente de urinar”, explica o urologista.

Tanto os fumantes ativos quanto os ex-fumantes apresentam um risco de câncer de bexiga, até quatro vezes maior em comparação aos não fumantes. No entanto, pesquisas demonstraram que o risco diminui gradualmente após a cessação do tabagismo.

“Estudos demonstraram que o risco de câncer de bexiga diminui gradualmente após a interrupção do tabagismo. No entanto, leva até 20 anos para que a redução do risco retorne aos níveis de uma pessoa que nunca fumou. Portanto, parar de fumar é uma medida crucial para diminuir o risco de desenvolver câncer de bexiga, independentemente do status atual como fumante ou ex-fumante”, destaca.

Além do tabagismo, outros fatores de risco para o câncer de bexiga incluem irritação crônica por cálculos, cateter vesical permanente, infecção urinária ou crônica, exposição a produtos químicos industriais como arsênico e substâncias presentes em tintas, corantes e plásticos. O especialista finaliza dando dicas de como reduzir o risco de câncer de bexiga.

“Para reduzir o risco de câncer de bexiga, é importante evitar a exposição a produtos químicos nocivos no ambiente de trabalho, beba bastante água para diluir a urina e reduzir a concentração de substâncias irritantes, mantenha uma dieta saudável e equilibrada, pratique atividade física regularmente e realize exames médicos de rotina para detecção precoce e tratamento, quando necessário”, finaliza o especialista.

 

Texto: SES-AM

Foto: Ludmila Dias/ FCecon