Na FCecon, projeto “Saúde em nossas mãos” passa por avaliação
Diminuir as infecções hospitalares em 30% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e aumentar em 95% a adesão à higienização das mãos de funcionários da assistência da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Esses são os objetivos do projeto “Saúde em Nossas Mãos”, que passa por avaliação, nesta terça-feira (04/04), de integrantes do Hospital Sírio-Libanês.
O projeto integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi/SUS), do Ministério da Saúde (MS), o qual acompanha 196 hospitais pelo país, entre eles a FCecon. O objetivo é implantar ou aprimorar medidas voltadas à segurança do paciente nas UTIs, como a intensificação da higienização das mãos, evitar as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e desperdícios no SUS.
Trata-se da segunda visita técnica à FCecon, tendo a primeira ocorrido em 2022. Na FCecon, estão ligados ao projeto os profissionais de saúde da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e a equipe multiprofissional da UTI adulto.
Duração
Segundo a responsável pelo NSP, enfermeira Marielle Magalhães Martins, o projeto, normalmente, funciona por um período de três anos. Contudo, devido à pandemia de Covid-19 e seus os impactos na sociedade, o projeto na FCecon terá a duração de dois anos, ou seja, iniciou em setembro de 2021 e se encerrará em setembro de 2023.
Ao longo desse período, ocorrem visitas in loco e treinamentos virtuais, explica Martins. Segundo ela, todos os meses a unidade hospitalar envia ao Hospital Sírio-Libanês relatórios com indicadores relacionados às IRAS – como pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), infecção do trato urinário (ITU) e infecções primárias de corrente sanguínea – e higienização das mãos relacionados à UTI.
Melhorias
“Temos promovido ações de melhorias e já obtivemos resultados exitosos. Estamos há mais de seis meses sem apresentar as IRAS. Já atingimos este objetivo e só está faltando aumentar a adesão de higienização das mãos. É um trabalho árduo, mas a equipe não desiste”, disse Martins.
Visita técnica
A equipe do Hospital Sírio-Libanês é composta pelas enfermeiras Beatriz Ramos e Jéssica Alves e pela farmacêutica Renata Gonzáles. Conforme Ramos, as IRAS são comuns nos hospitais do país, de acordo com pesquisa feita pelo MS. “Assim, o projeto visa a diminuição dessas infecções, as quais são avaliadas conforme critérios epidemiológicos de nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, pontua.
Durante a visita desta terça-feira, Ramos disse que irão conversar com a equipe do projeto, onde irão ver as oportunidades de melhoria e o que já foi feito. Ela destacou que serão realizadas dinâmicas com a equipe da UTI adulto, os processos em andamento serão checados e promoverão um olhar diferenciado sobre o que já vem sendo feito para buscar mais melhorias.
Texto: Luís Mansueto/FCecon
Fotos: Luís Mansueto/FCecon e Divulgação/FCecon