Em seminário, FCecon apresenta inovações para prevenção do câncer de colo de útero
Inovações em tecnologias para prevenção do câncer de colo uterino foram apresentadas, nesta quinta-feira (23/06), pela Diretora de Ensino e Pesquisa (DEP) da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), Kátia Luz Torres, durante o “Seminário Fapeam: Resultados/Impactos de Pesquisas”. Ao todo, 21 projetos apoiados pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeam), foram expostos durante os dois dias do evento.
O projeto “Inovação em tecnologias para prevenção do câncer de colo de útero”, apoiado pela Fapeam via Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS), mapeou mulheres de regiões isoladas do Amazonas, para analisar a prevalência da infecção por Papilomavírus Humano (HPV) e os genótipos encontrados, utilizando a estratégia de autocoleta das amostras.
O estudo apontou que 50% das mulheres são baixa escolaridade (analfabeto a fundamental incompleto); 80% de baixa condição econômica (até 1 salário mínimo); 78% agricultoras ou do lar; 16% com rastreio não apropriado; 46% não possuíam registro de rastreio no Sistema de Informação do Câncer (Siscan) entre 2019 e 2021; 25% tinham histórico de câncer de colo de útero na família e 13% apresentavam positividade para HPV.
O número de amostras autocoletadas realizadas pelo estudo (busca ativa domiciliar), no período de janeiro a julho de 2021, representou algo em torno de três vezes mais do que o registrado no Siscan para estas mulheres.
O grupo de pesquisa está ligado a novos projetos envolvendo o Ministério da Saúde, a Fiocruz de Brasília, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Secretaria Municipal de Saúde Manaus (Semsa Manaus), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), a Fundação Cecon, o Instituto Maria e Leônidas Deane – Fiocruz/Manaus e a Fundação de Medicina Tropical de Manaus Heitor Vieira Dourado (FMTHVD).
“Estes estudos permitirão a ampliação do número de mulheres envolvidas, e farão análises profundas de custo efetividade de forma a fortalecer a tese de que o Brasil precisa mudar a estratégia adotada no Sistema Único de Saúde (SUS) para a triagem de lesões precursoras e de câncer de colo de útero”, avalia Kátia Torres.
*Com informações da Fapeam
Foto: Érico Xavier/Fapeam