FCecon adquire filtros de ar para os serviços de Endoscopia, Ginecologia e Odontologia

Para ajudar no combate ao novo coronavírus (Covid-19), a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), adquiriu cinco filtros de ar de alta eficiência (hepa, sigla em inglês). Os filtros foram instalados, nesta semana, nos serviços de Endoscopia e Ginecologia, com o objetivo de retirar do ambiente os elementos impróprios para o respiro.

O serviço de Odontologia também foi contemplado com os filtros. A expectativa é que na próxima semana os mesmos sejam instalados. Os filtros foram comprados por um valor total de R$ 17.500, via emenda parlamentar.

Conforme o diretor-presidente da Fundação Cecon, mastologista Gerson Mourão, o hospital adquiriu filtros hepa portáteis, feitos sob medida para cada ambiente. Ele explica que o aparelho suga o ar do recinto e, ao realizar essa ação, lança uma luz ultravioleta que mata os vírus existentes no local. “O ar filtrado pelo aparelho sai reciclado”, pontua.

Recomendação – A compra e instalação dos filtros de alta eficiência seguem as recomendações, por exemplo, da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), para a retomada dos procedimentos urgentes e de alta prioridade endoscópicos durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o chefe do serviço de Endoscopia, Marcelo Tapajós, os exames endoscópicos são considerados como potencialmente geradores de partículas que se dispersam pelo ar.

“Ocorre do paciente tossir, e as secreções dispersadas pelas válvulas e canal de trabalho podem contribuir para emissão de aerossóis pelo ambiente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Norma Técnica nº 7, recomenda manter o ambiente ventilado com o uso de janelas ou exaustão”, explica Tapajós.

Segundo o médico endoscopista, não se sabe ao certo a quantidade de tempo que o ar dentro de uma sala permanece potencialmente infeccioso com o Covid-19, uma vez que depende do número de trocas de ar por hora (ACH), da natureza e duração do procedimento e se o paciente tossiu ou espirrou. Ele diz que com os filtros de ar será possível dar mais segurança ao médico, aos pacientes e aos profissionais de saúde que atuam no serviço.

Odontologia – A gerente do serviço, cirurgiã-dentista Perla Assayag, pontua que o ambiente odontológico, pelas suas particularidades, possibilita que o ar seja uma via potencial de transmissão de microrganismos, por meio das gotículas e dos aerossóis, que podem contaminar diretamente o profissional.

Segundo ela, a contaminação pode ocorre por meio da pele ou mucosa, por inalação ou ingestão, ou indiretamente, quando contaminam superfícies do ambiente. Dessa forma, os novos equipamentos proporcionarão mais segurança aos pacientes oncológicos, que são imunodeprimidos, uma vez que os mecanismos normais de defesa do organismo contra infecções estão comprometidos.

 

Texto: Luís Mansueto/FCecon

Foto: Lorena Serrão/Estagiária FCecon