FCecon promove diálogo com pacientes que usam bolsa de colostomia
Dúvidas sobre alimentação, mitos e verdades sobre o uso da bolsa de colostomia e trocas de experiências. Esses foram alguns pontos tratados na terceira reunião de pacientes colostomizados da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam).
O encontro ocorreu nesta segunda-feira (27/5), pela manhã, no auditório João Batista Baldino, localizado na rua Francisco Orellana, 215, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste. A iniciativa visa ampliar o acesso aos serviços ofertados à população e promover o diálogo com a equipe multidisciplinar – fisioterapeuta, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e médico – que irá atender os pacientes, a fim de tirar dúvidas.
Conforme o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gérson Mourão, o grupo de apoio aos colostomizados está alinhado à política de humanização da unidade hospitalar. Ele explicou que a Fundação vive um novo momento quanto ao atendimento prestado aos pacientes com câncer. “Queremos que todos tenham voz, dando-nos sugestões sobre como podemos aperfeiçoar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, pontuou.
Conforme o enfermeiro Estomaterapeuta Ricardo Sérgio Xavier Pinto, o encontro ocorre uma vez ao mês, das 9h às 11h, e conta com a presença de vários profissionais da área de saúde que, em determinado momento do serviço, acolherão os pacientes em suas respectivas áreas. Ele disse que o encontro foi um momento para sanar dúvidas sobre a qualidade da bolsa, cuidados no manuseio e reforçar a importância do atendimento psicológico para a continuidade do tratamento. “Queremos proporcionar qualidade de vida a eles (pacientes)”, destacou.
Pós-operatório – Após passar pelo procedimento cirúrgico e receber alta, conforme Ricardo Xavier, os pacientes recebem orientações sobre como devem proceder nesse novo momento da vida. Ele explicou que para alguns a bolsa é transitória, mas para outros é permanente, por isso a importância do serviço aos pacientes que passaram pelo pós-operatório.
Atendimento psicológico – De acordo com a chefe do serviço de Psicologia, Maria Graciete Ribeiro Carneiro, no grupo são trabalhadas formas de combate aos sentimentos de rejeição ou negação quanto à bolsa de colostomia. Ela frisou que o trabalho do setor é realizado por meio de consultas ambulatoriais, terapias individuais e de grupo e oficinas contra o estresse.
“O paciente, normalmente, tende a negar a situação e não cuidar da sua bolsa plástica, por exemplo. A convivência com a nova situação exige a adoção de medidas de adaptação e ajustes às atividades diárias. Também promovemos terapias de grupos familiares, que são indicadas quando se detectam conflitos nas relações familiares e que estejam interferindo no tratamento do paciente”, salientou.
Participaram da reunião a gerente do Ambulatório, enfermeira Mônica Maquiné; o fisioterapeuta Augusto dos Santos; a chefe do Departamento de Enfermagem, enfermeira Tereza Santos; e a gerente de Enfermagem, enfermeira Michele Albuquerque.
Texto e fotos: Luís Mansueto / FCecon